Fico imaginando a cara das pessoas que lêem as "marmotas" que eu escrevo aqui e, volta e meia, chegam em mim e me dizem que ficam tentando imaginar as cenas. Acreditem se quiser, mas por mais que vocês façam o máximo uso de suas mentes férteis eu ainda lhes digo que a cena que passa aí não chega nem perto da metade das grandes tosquices que acontecem comigo.
Creio que a maioria das pessoas que já leram o Ejaculação sabem que eu odeio com todas as minhas forças este pequeno buraco no qual a minha queridíssima mãe resolveu comprar uma casa e, claro, trazer a sua linda prole para morar ao seu lado.
Se eu já digo que não gosto daqui,imaginem então a infinidade de pessoas que eu conheço e somem esse número a minha grande porcentagem de alegria ao ter que dar algumas voltas na rua pra me "distrair". Então,qual foi o resultado?
Pois bem. Foi exatamente num dia como esses de dar uma volta na rua pra me distrair que eu desejei que um raio caísse e abrisse um buraco no meio da rua para que eu pudesse cair seca e dura ali mesmo.
Sem ter o que fazer em casa resolvi ir lá na casa da Ju ( aquela do susto,lembram? ) pra ver se pelo menos passava o tempo. Pra variar, fomos bater perna na rua e, depois de 3 horas andando e sem arrumar nada pra fazer, resolvi voltar pra casa. Até aí tudo ótimo, deixei a Ju na casa dela e "tchau".
Em plena 10 horas da noite, eu com aquele ânimo de dar pena em qualquer um que me vê, venho passando pela central da 2. Sim, aqui é um pardieiro mas até que é organizado.Cada quadra tem uma rua central que não serve pra nada,mas enfim.
Lá vinha eu - mais pra lá o que pra cá - morta de fome e de sono. Chegando em uma das esquinas da minha lindíssima rua eis que me deparo com um cidadão gritando meu nome para os quatro cantos do universo, bem ali, no meio da big shit de central da 2.
Tá, aí vocês pensam da mesma forma que eu pensei : " Minha filha! Quantas Daniellas você acha que tem por aqui? É lógico que esse louco não tá falando com você! "
Não estava? Rá! Poderia até não ser comigo até o momento em que ele se levantou e foi para o meio da rua com os braços abertos e me gritando.
Eu fiquei roxa, azul, verde... mas no final das contas consegui dar uma disfarçada e fingi que não era comigo. Lógico! Ou vocês queriam que eu também desse uma de louca e saísse pulando feliz da vida pra abraçar um maluco que eu não sei nem de onde veio?!
Só pra garantir, podem me chamar de qualquer outro nome agora. Se me chamarem de Daniella, vocês vão se ver comigo!