terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bom dia, invenção minha.


São exatamente 4 horas da manhã. Amanhã meu dia começa cedo e, o mínimo que eu deveria fazer, seria estar dormindo, não acha?
Ah, então você concorda? Ótimo! Será que você também vai concordar quando eu te disser que é exatamente por sua culpa essa insônia? Você concorda que é o causador de toda esperança frustrada que sempre resulta numa mistura de vazio seguido de uma gastrite crônica sem solução?
Ok, a culpa não é totalmente sua. Afinal de contas, fui eu que te inventei. Esse vazio que me atormenta hoje, na verdade não foi você quem causou; e sim essa minha mente fértil demais. É verdade! Porque hoje, definitivamente, eu comecei a chegar à conclusão de que você não existe.
Mesmo que essa certeza me doa mais do que qualquer outra coisa, pelo menos vou parar com a mania de ficar te procurando nas pessoas com quem eu meu relaciono. Vou parar de com essa idéia de que mais dia, menos dia você vai aparecer por aqui ou, por acaso, a gente vai se esbarrar em qualquer esquina.
Você não existe! E eu vou ter que aprender a conviver com isso. Apesar desse enorme vazio que eu sinto, tem que cair a minha ficha de que o conto de fadas que eu criei pra mim não vai ter nenhum final feliz.
Acordar com o celular apitando de madrugada, ver que é só um "oi" e quase morrer de alegria por isso... tomar banho de chuva até não aguentar mais e ter a melhor febre de todos os tempos no outro dia... viajar sem dar satisfações a ninguém e só voltar na segunda de manhã faltando 10 minutos para chegar ao trabalho...
De onde será que eu consegui tirar tanta idéia absurda e que não tem a mínima chance de dar certo? Pois é, eu também não sei. E sei muito menos quando foi que eu comecei a acreditar que existiria um alguém que pudesse aparecer e fazer tudo isso ser verdade.
Aquele tal frio na barriga nunca vai existir. Porque você não existe, e acho que Deus não vai te inventar tão cedo! Pode ser até que tenha inventado, mas não pra mim.
E agora cabe a mim terminar o que me falta terminar, me conformar com tudo isso e começar a reaprender a brincar de ficar contando estrelas... sozinha.

sábado, 27 de setembro de 2008

Classificados.

Vende-se:

• 1 caixinha de Dorflex que já não tem grande utilidade por aqui;
• 1 par de joelhos que sofrem muito nessa época de frio e chuva;
• 15 revistas velhas que estão amontoadas ali no canto;
• 1 par de orelhas com buracos que incomodam muita gente;
• 300 milhões de cd's, com 500 milhões de músicas que me fazem lembrar de 800 milhões de pessoas;
• Um cérebro hiperativo já sem solução;
• E, por último, mas não menos importante : Um tal de coração meio remendado que, apesar de maltrapilho, ainda funciona direitinho.


Ofertas válidas até segunda-feira. Aproveite antes que a dona dos itens citados dirija-se ao balcão da companhia aérea mais próxima e troque tudo por uma passagem com destino à Lua.

Dessa vez, sem escala.