domingo, 30 de janeiro de 2011

Vai vendo.


Desde pequenininha me ensinaram que mentir é uma das coisas mais feias do mundo. Lembro que, quando eu passei a entender realmente o sentido disso, preferia apanhar por assumir algo que eu realmente tinha feito do que apanhar por mentir.
Eu sei que não vou mudar o mundo, nem as pessoas, nem as mentiras que elas contam e sustentam por aí; como também não vou mudar a minha intolerância com quem mente e age como se tudo fosse um mundo cor de rosa.
Eu já menti também e apanhei várias vezes pra não ter que fazer isso... eu já bati várias vezes em quem eu sempre achei que mentia... e aí você, com sua pacificidade, vem e me fala que violência não resolve nada, que é um absurdo eu escrever essas coisas e que eu talvez esteja arrumando uma justificativa para consertar toda a minha agressividade contida. Pode até ser.
Mas, e você? E se um dia você descobrisse que sua vida sempre foi feita de mentiras? E se você tentasse ser outra pessoa só para agradar alguém? E se seu filho saísse de casa dizendo que vai no amiguinho enquanto a intenção dele é passar bem ali numa boca de fumo? E se seu marido fosse homossexual? E se você, namorada apaixonada, descobrisse as traições de quem fala que te ama todos os dias? O que você faria?
Das verdades que aparecem no mundo que a gente constrói, 75% delas são mentiras. É cômodo dizer o que é conveniente, mas não real. É facil dizer que se está no sul enquanto a bússola aponta pro norte.
As pessoas nem sempre estão onde deveriam estar, nem sempre cumprem o que prometem, nem sempre dormem no horário que dizem que vão dormir e nem sempre estão dormindo quando o telefone toca.
Eu sei das mentiras de tanta gente que às vezes eu queria é que esse circo pegasse fogo e que os bombeiros entrassem em greve.

Quem mentiu pra você hoje?
Você mesma(o)?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

.all I know.


Sabe de uma coisa? Por mais que possa parecer, eu não tenho um coração de gelo e, muito menos, um peitoral de aço pra conseguir suportar cada coisa que me acontece e, ainda assim, permanecer intacta, sem me abalar com nada.
Eu sei que muita gente que mal me conhece, quando passa por mim, já pensa "lá vai a durona". Pois bem, não. Eu não sou tão difícil assim e meu coração, por mais que pareça ser de gelo na maioria das vezes, se derrete com tanta coisa boba que você nem imagina.
Assim como muitas pessoas desse mundão afora, eu também fico triste quando me deparo com tanta maldade nas pessoas, eu também me sinto impotente quando não consigo ajudar os outros a mudar para melhor. Eu, apesar da fama, não sou durona como uma porta. Não mesmo.
Eu tenho dor de ouvido. Eu tenho tpm. Eu brigo com todo mundo e me magoo com isso. Eu também tenho meus quebra paus com o namorado. Eu também me desaponto com um monte de gente e, principalmente, comigo mesma. Mas, se você precisar de mim um dia, independente de quem você seja, pode contar.
Tudo bem que muitas coisas na vida, mesmo sendo tão nova, me fizeram assumir uma postura que talvez eu não tivesse que ter; mas, por mais que você tenha qualquer imagem de mim, assim como você eu também grito, eu também amo... eu também choro.
Para ser bem sincera com você, eu bem que queria por um momento ter esse peito de aço inabalável que eu tanto demonstro. Mas será que valeria a pena? Será que eu saberia o que é viver se fosse assim? Será que eu teria aprendido tudo o que eu sei hoje? Provavelmente não.
Ou quem sabe se eu realmente me tornasse essa fortaleza toda as pessoas não me machucariam tanto; e eu também não choraria tanto, mesmo que por dentro. Mesmo que sozinha.
Eu tenho tantas cicatrizes que você não faz idéia! Cicatrizes mesmo, daquelas de machucado, de menina encapetada, de criança que arrancava a casquinha. Quando eu tinha 12 anos machuquei feio o joelho e fui aprender o que era fisioterapia. Hoje, 10 anos depois, ando machucando o coração mais do que qualquer outra pessoa no mundo.
Meu joelho ainda dói muito, principalmente nessa época de frio. Mas dor física é coisa que a gente ainda suporta. Agora, vou te falar uma coisa, dor no coração não existe fisioterapia nenhuma que cure!

Definitivamente, eu não sou durona.