quarta-feira, 23 de julho de 2008

Perdoe-me por sua falta de tempo.


Definitivamente não é tua a culpa por eu não entender as tuas escolhas. Quanto mais o tempo passa e, por consequência, mais tempo permaneço ao teu lado, não é nada mais além do que minha a obrigação de começar a ter que consciência de que o teu padrão de medida pra relacionamentos não é, e nunca será, o mesmo que o meu.
2 anos. Será que esse número tem algum peso nas tuas costas? Provavelmente tenha sim, mas não é o mesmo peso que eu carrego. Até certo dia eu cheguei a acreditar que ter somente um tempinho pra se encontrar durante a semana não fosse o bastante. Nem pra mim, nem pra você. E a resposta pra esse meu "achismo" foi exatamente a mesma para outras tantas coisas que têm acontecido comigo, eu me enganei.
Me enganei quando pensei que valesse a pena trabalhar durante dois fins de semana seguidos, mesmo que para isso eu tivesse que acordar às 6 da manhã e enfrentar um frio que muitas vezes me dava vontade de chorar ao sair de casa. Eu não gosto de acordar cedo, você sabe. Mas, se fosse para conseguir ter um dia de folga no outro fim de semana e ficar perto de você, valeria a pena. Ah, valeria!
Mas não foi o que aconteceu. Grande idéia estúpida a minha tentar planejar quinhentas coisas que eu julguei que poderiam dar certo. Contar com a sua presença nos meus planos já passou a ser sinônimo de tolice. E tola eu nunca fui.
A verdade é que eu não tenho do que reclamar. E nem tenho razão pra isso. Quer dizer, talvez tivesse se eu não começasse a enteder o ponto de significância que eu tenho pra você.
Desculpe por exigir de você um tempo que não existe. E, quando você faz com que ele exista, me desculpe por não entender que ele não é reservado pra mim.
Daqui há alguns dias o fim de semana chega e eu vou ter direito a minha folga. Sábado... o dia que eu mais esperava para poder planejar um monte de coisas pra fazer com você e aproveitar os lugares que a gente costumava ir.
Sábado já vai chegar, e dessa vez eu não planejei nada. Não com você. Não pros lugares que a gente gostava. Não com seus amigos que, na maioria das vezes, faziam uma força enorme para me suportarem por perto.
Eu já entendi onde é o meu lugar. E é pra ele que eu vou. E lá, se Deus quiser, você nem vai me fazer falta.